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terça-feira, 2 de abril de 2013

FORMAÇÃO PARA CATEQUISTAS - CFC/2013

No período de 19.01 a 16.02.13, foi realizado pela Paróquia Nossa Senhora do Carmo,
através da Pastoral da Catequese, o Curso de formação Catequética-CFC/2013, para
catequistas; catequizandos de Crisma e demais interessados das Paróquias N.S. do Carmo
e Comunidade de Cristo Rei.
 
Por que a formação?
 


 
A formação dos catequistas é atualmente uma das tarefas mais urgentes de nossas
comunidades, pois, “o catequista é de certo modo, o intérprete da
Igreja junto aos catequizandos” (DCG 35).
 O objetivo principal da formação do catequista é o de prepará-lo para comunicar
a mensagem cristã, àqueles que desejam entregar-se a Jesus Cristo. A finalidade da
 formação requer, portanto, que o catequista se torne o mais capacitado possível a
realizar sua missão.
O Diretório Geral para a Catequese no nº 237, apresenta alguns critérios inspiradores
 para formação do catequista:
· formar catequistas com fé profunda; clara identidade cristã e eclesial; profunda
 sensibilidade social;
· capazes de transmitir não apenas um ensinamento, mas também uma formação cristã
 integral, desenvolvendo “tarefas de iniciação, de educação e de ensinamento”. São
necessários catequistas que sejam ao mesmo tempo, mestres, educadores e testemunhas.
· capazes de superar “tendências unilaterais divergentes” e de oferecer uma catequese
 plena e completa. Isto é, precisamos saber conjugar fé e vida, num sentido social e
 eclesial.
· há também necessidade de se investir na formação específica para o leigo, grande
maioria na  catequese.
· e, por último, o DGC aponta para a importância fundamental da formação pedagógica.
 “Seria muito difícil para o catequista improvisar, na sua ação, um estilo e uma
sensibilidade para os quais não tivesse sido iniciado durante a sua própria formação.”
(DGC 237).
Além dos critérios inspiradores, a formação do catequista possui as seguintes dimensões:
SER, SABER E SABER FAZER.
“A mais profunda se refere ao próprio ser do catequista, à sua dimensão humana e cristã.

A formação de fato deve ajudá-lo a amadurecer, antes de mais nada, como pessoa,
como fiel e como apóstolo. Depois há o que o catequista deve saber para cumprir
bem a sua tarefa. (...)
Enfim há a dimensão do saber fazer, já que a catequese é um ato de comunicação.
A formação tende a fazer do catequista um “educador do homem e da vida do homem”
(DGC 238).
O catequista precisa estar em contínua formação humana e cristã. Por isso, não bastam os
cursinhos de início de ano. Estes são muito mais momentos de sensibilização para o
trabalho catequético e não indicadores de que, ao participar destes encontros, o catequista
esteja em condições de realizar bem a tarefa pastoral.

A formação deve levar em conta o duplo movimento de fidelidade: a Deus e ao homem.

- DOUTRINAL

- BÍBLICA LITÚRGICA Fidelidade a Deus

- ESPIRITUAL

- FORMAÇÃO PEDAGÓGICA

ANTROPOLÓGICA SOCIOLÓGICA Fidelidade ao homem

METODOLÓGICA


A missão que o Catequista é chamado a realizar exige:
a) intensa vida sacramental e espiritual;
b) familiaridade com a oração;
c) profunda admiração pela mensagem cristã;
d) uma atitude de caridade, humildade e prudência que permita ao Espírito Santo
realizar sua obra fecunda nos catequizandos.

Sendo a catequese um processo permanente de educação da fé, também a formação do
catequista deve ser permanente, pois o catequista terá sempre coisas para aprender em
toda a sua vida. “Além de testemunha, o catequista deve ser mestre que ensina a fé.
Uma formação bíblico-teológica lhe fornecerá um conhecimento orgânico da mensagem
cristã articulada a partir do mistério central da fé, que é Jesus Cristo” (DGC 240).
O conteúdo desta formação doutrinal é exigido pelas diversas partes que compõem todo o
projeto orgânico de catequese:
As três grandes etapas de história da salvação: Antigo Testamento, Vida de Jesus Cristo e
História da Igreja;
Os grandes núcleos da mensagem cristã: Símbolo, Liturgia, Vida Moral e Oração.
A Sagrada Escritura deverá ser como a alma desta formação e o Catecismo da Igreja
Católica o ponto de referência doutrinal fundamental, juntamente com os materiais
catequéticos publicados na Arquidiocese. Além disso, precisamos conhecer os documentos
do Magistério da  Igreja. A leitura e reflexão destes livros deverão estar sempre presentes
na vida do catequista.
Para uma formação integral, “é necessário que o catequista entre em contato, pelo menos,

 com alguns elementos fundamentais da psicologia (...) As ciências sociais procuram o
conhecimento do contexto sócio-cultural em que o homem vive e pelo qual é
fortemente influenciado” (DGC  242).
Além destes conhecimentos, precisamos aprender alguns elementos da ciência da  

comunicação: dinâmicas de grupo, utilização dos recursos didáticos e meios audiovisuais
e também aproveitar das riquezas da informática.
Por fim, é importante que o catequista conheça o valor do planejamento, da avaliação e

alguns princípios de metodologia.
Como se vê, a formação do catequista é algo complexo e dinâmico. Precisamos de

humildade e entusiasmo para aprender sempre.
Não podemos esquecer que a formação do catequista acontece, em primeiro lugar, na

comunidade cristã. “É nesta que os catequistas experimentam a própria vocação e
alimentam  constantemente a própria sensibilidade apostólica”(DGC 246).
Ninguém nasce catequista. Aqueles que são chamados a esta missão tornam-se bons
 catequistas através da prática, da reflexão e da preparação adequada. Para colaborar
na formação de discípulos de Cristo, o catequista deve ser, em primeiro lugar, um
discípulo amoroso, humilde, alegre e fiel.
A fé foi colocada por Deus no coração do homem. A tarefa do catequista é a de  

cultivar este Dom, alimentá-lo e ajudá-lo a crescer primeiro em seu coração para que
deixe transbordar esta experiência de vida cristã para os irmãos.

Siglas utilizadas:
DCG – Diretório Catequético Geral, Sagrada Congregação para o Clero, 1971.
DGC – Diretório Geral para a Catequese, Sagrada Congregação para o Clero, 1997

 
ORAÇÃO DO CATEQUISTA:

Senhor, tu me chamaste a ser catequista na tua Igreja nesse imenso Brasil,

na tua comunidade que também é minha. Tu me confiaste a missão de     
anunciar a tua palavra, de denunciar o pecado, de testemunhar, pela minha     
própria vida, os valores do evangelho.
Recuo diante do teu chamado. É pesada, Senhor, a minha responsabilidade.
 Mas, se me escolhestes confio na tua graça. Caminharemos juntos, Senhor,
Tu, apoiando-me, iluminando-me; eu, colocando-me à tua disposição, à
disposição da tua Igreja, preparando-me, atualizando-me sempre mais para
 servir melhor o teu povo.
Faze-me teu instrumento para que venha o teu reino, reino de amor e paz,
de fraternidade e justiça, reino, onde Deus será tudo em todos. Amém.

Fontes Bibliográficas consultadas: Catecismo da Igreja Católica 1993,
Diretório geral para a catequese 1998, Catequese renovada nº 26 da CNBB
1983 e Preparação para catequistas (Gabriel Chalita) 2000 e Livro do
Catequista Fé vida e Comunidade Editora
Fonte: Pe. Jorge Sampaio, C. Ss. R.
Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida
Revista de Aparecida - Campanha dos devotos

Catequista Nice fazendo a recepção
Em pé  os palestrantes: Ruzeval (catequista de Crisma e Socorro Pimentel (coord. da Catequese)


 
Apresentação do seminário- Encontro de catequese com  adultos
 
Apresentação do seminário- encontro de catequese com crianças